Pesquisar

Exercícios físicos para doença de Parkinson: como eles podem mudar sua rotina?

Muitas pessoas ainda acham que tomar medicamentos é muito mais eficaz para melhora dos sintomas da doença de Parkinson do que fazer atividade física

Close up of aged man doing cycle exercise on static bicycle at home. Senior person training with stationary bike for wellness and endurance. Retired adult using biking cardio machine

Muitos pacientes ainda acreditam que apenas o tratamento com medicamentos é a principal estratégia na doença de Parkinson, deixando as atividades físicas em segundo plano. No entanto,  a mais recente pesquisa da Cochrane Library (abril/2025), que analisou 156 ensaios clínicos, mostra que praticar exercícios físicos melhora sintomas motores, retarda a progressão da doença e aumenta a qualidade de vida dos pacientes.

O estudo, considerado a maior revisão científica até o momento, com mais de 7.900 participantes ao redor do mundo, mostra que os exercícios físicos para doença de Parkinson são altamente eficazes.

Vamos entender a importância desse estudo…

É comum ouvirmos de pessoas com Parkinson que não têm tempo para atividade física, achando que o medicamento é suficiente. Mas, segundo revisões, artigos científicos recentes e recomendações internacionais, os benefícios dos exercícios são comprovados:

Principais benefícios dos exercícios físicos para Parkinson:

  • Melhora da marcha, equilíbrio, força e coordenação.
  • Redução de quedas (uma das principais causas de complicação).
  • Preservação da memória, redução de sintomas depressivos e ansiedade.
  • Desaceleração da progressão clínica e mais resiliência cerebral.

Veja mais sobre o assunto: Como os exercícios físicos podem ajudar pacientes com Parkinson?

Conheça as modalidades recomendadas e os benefícios

Atividades melhoram o equilíbrio de pacientes com Parkinson (imagem: Freepik)

As recomendações da Parkinson’s Disease Foundation e do American College of Sports Medicine sugerem pelo menos 2h30min semanais de exercícios estruturados.

  • Tai Chi – Equilíbrio, prevenção de quedas
  • Dança – Coordenação, equilíbrio, socialização 
  • Hidroginástica/natação – Mobilidade, segurança, força 
  • Aeróbico (caminhada, bicicleta) – Condicionamento, saúde cardiometabólica Musculação – Força, autonomia funcional

Segundo Jornal da USP, exercícios físicos para doença de Parkinson feitos em casa também demonstram benefícios na mobilidade e podem ser incorporados com segurança (atividade física em casa, supervisionada).

Desafios, Adesão e Segurança

A maior eficácia surge com exercícios regulares, intensos, seguros e adaptados ao perfil de cada um. O acompanhamento profissional e o apoio de grupos aumentam a adesão e o bem-estar, ajudando a evitar riscos.

Movimentos são parte do tratamento

Os exercícios físicos para doença de Parkinson devem ser parte fundamental da rotina, tão essenciais quanto a medicação.

Envolver profissionais multidisciplinares, personalizar os programas e incentivar o início precoce são atitudes que garantem mais resultados.

A recomendação é: ao menos 150 minutos semanais de atividade aeróbica de intensidade moderada a alta, e pelo menos duas sessões semanais de exercícios de fortalecimento. A chance de que o paciente consiga manter essa rotina é maior se o exercício físico for, de alguma forma, prazeroso para o paciente. E, claro, não podemos esquecer que o exercício deve ser seguro. 

Depois de tantos motivos para praticar exercícios para doenças de Parkinson, fica difícil arranjar desculpa para não começar hoje mesmo! 

Compartilhe suas dúvidas nos comentários ou consulte um profissional para descobrir qual exercício é mais indicado para você!

Leia também: O papel do exercício físico no combate ao avanço das doenças neurodegenerativas

Gostou desse conteúdo? Compartilhe!